Programas garantem alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade e também formação profissional na área gastronômica
São Paulo, outubro de 2022 – Minimizar a condição de insegurança alimentar da população de baixa renda com refeições nutritivas, mas ao mesmo tempo impulsionar o desenvolvimento comunitário por meio do envolvimento dos moradores da periferia com a gastronomia. Esses desafios foram encarados por dois projetos que estarão no Seafood Show Latin America, entre os dias 17 a 19 deste mês, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo.
A Gastronomia Inclusiva entrou na vida da chef Tia Nice durante a pandemia. Antes ela mantinha a “Cozinha Criativa da Tia Nice”. Em 2019 surgiu uma oportunidade e a chef montou um restaurante, mas que não se sustentou devido ao isolamento social provocado pela disseminação do coronavírus. “Foi quando tivemos a ideia de fazer marmitas para doar para as famílias que enfrentavam dificuldades em comprar alimentos e, muitas, passavam fome”, lembra.
Inicialmente foram poucas marmitas, mas graças ao aumento de doações essa quantidade foi aumentando e hoje são 804 marmitas doadas por dia. Isso graças a uma parceria inesperada. “Recebemos um contato da The Caring Family Foundation, uma fundação da Inglaterra, que decidiu também nos apoiar”, lembra.
A chef, que apresentará durante a aula-show na Seafood sua receita de Mini Cuscuz de Peixe, destaca que com os apoios já tem garantidas as marmitas até dezembro deste ano. “Se não conseguir renovar as parcerias, não pretendo parar em 2023. Vou atender alguma casa de idosos”, garante.
Atualmente, Tia Nice entrega 16 mil marmitas por mês. Já foram mais de um milhão de marmitas doadas desde o início da pandemia.
Relação do peixe com a periferia
Durante a Seafood Show, o chef Edson Leite quer falar da relação do peixe com a periferia. E escolheu um prato considerado proibitivo para grande parte das famílias que vivem nos bairros mais afastados. “Vou levar uma receita de bacalhau, que na realidade é um processo. É um produto que a gente chama de bacalhau de rua”, explica. Leite esclarece que se trata de uma tilápia salgada, no estilo usado pelos portugueses. “Por isso digo que se trata de um processo que em Portugal faziam com o tipo de peixe que recebiam da Noruega e que chamavam de bacalhau”.
A intenção é desmistificar a questão do bacalhau. “É um produto caro, por isso vamos mostrar ser possível utilizar outro peixe com o mesmo efeito, além de trazer alguns acompanhamentos como as batatas roxas e orgânicas da região de Parelheiros, produzidas por pequenos agricultores familiares, importantíssimos no nosso sistema”.
O sistema a que Leite se refere é o projeto Gastronomia Periférica, que começou como uma oficina em São Paulo, no início dos anos 2000, para falar sobre aproveitamento total e contra o desperdício na periferia. “Mas ele deixa de ser um projeto e começa a ser um negócio em 2018, quando resolvi montar uma escola de gastronomia dentro da periferia e que fosse gratuito. Aí começou a transformação do pensamento das pessoas”.
A escola começou a funcionar no sistema presencial em 2018 com 20 alunos. Em 2019, foi formada outra turma presencial com 30 alunos. Em 2020, Leite é obrigado a mudar a estratégia para o ensino à distância – EAD, devido à pandemia. “ Foi muito importante, pois pudemos dar acesso a alunos de outros locais do país”.
Atualmente o Gastronomia Periférica possui alunos de mais de 20 estados e conta com mais de um mil formados. “Temos parceria com o Carrefour, Fundação Tide Setubal, A Continental, que nos faz ter fôlego para funcionarmos de forma gratuita”, explica Leite, que também garante que o grande incentivo foi quando conheceu Adélia Rodrigues, que se tornaria sua sócia no projeto.
“No início éramos apenas eu e a Adélia fazendo tudo, desde as aulas até a contabilidade, comunicação, compras, divulgação”, afirma. Atualmente, o Gastronomia Periférica tem 20 pessoas envolvidas diretamente, além de outras que fazem a contabilidade e a área jurídica. “Temos um crescimento muito importante a cada ano. Começamos eu e a Adélia. Hoje temos um restaurante, padaria social, curso em EAD e presencial”, lembra Leite.
Credenciamento gratuito e exclusivo para profissionais do setor AQUI.
A programação você confere no site: www.seafoodshow.com.br
Apoio institucional: ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Camarão, ABIPESCA – Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, ABRAPES – Associação Brasileira de Fomento ao Pescado, Abrasel-SP – Associação de Bares e Restaurantes, Instituto de Pesca, Peixe BR, SIPESP – Sindicato da Indústria da Pesca no Estado de São Paulo, BaresSP e Diefs – Distribuidores Especializados em Food Service.
Serviço
Seafood Show Latin America
De 17 a 19 de outubro – das 13h às 20h
Local:Pro Magno Centro de Eventos
Av. Profa. Ida Kolb, 513 – Jardim das Laranjeiras, São Paulo
Sobre a Francal Feiras
Promotora de eventos com capital 100% nacional, a Francal Feiras é um dos principais players do mercado de feiras de negócios e contribui não só para o desenvolvimento econômico e social dos diferentes setores em que atua por meio dos 12 eventos de seu portfólio, como também movimenta efetivamente a economia dos locais onde eles são realizados.
Movida pela mesma velocidade que afeta a sociedade de consumo e o ambiente de negócios, a Francal Feiras oferece ao mercado entregas inovadoras por meio de eventos que servem como uma importante plataforma de negócios, experiências, conexão e conhecimento para toda a cadeia produtiva. Com mais de cinco décadas de atuação, é referência no Brasil e reconhecida no exterior.
Sobre a Seafood Brasil
A Seafood Brasil é uma plataforma de comunicação destinada a aumentar o consumo e gerar negócios para os atores da cadeia produtiva do pescado. Inaugurada em 2013, conta com um portal, mídias sociais, plataforma de big data, eventos com a cadeia produtiva e uma revista com cinco edições anuais.
Mais informações para a imprensa:
Marcela Lage | Myrian Vallone | Teresa Silva
2PRÓ Comunicação
imprensa@francal.com.br